O que é uma ETE?

Por se tratar de um recurso escasso dotado de valor econômico, é necessário concentrar esforços na preservação dos recursos hídricos do nosso planeta. Uma maneira de fazer isso, é realizando o tratamento dos efluentes gerados a partir das diversas atividades humanas antes de descartá-los.

O tratamento de efluentes tem por objetivo garantir a remoção parcial da carga poluidora, de modo que a água possa retornar à natureza em condições próximas à de sua captação. O processo para alcançar este objetivo não é trivial e demanda de um conjunto de operações que, combinadas entre si, compõe uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE).

A configuração de uma ETE varia de acordo com as características quantitativas e qualitativas do efluente a ser tratado, bem como da qualidade exigida para o efluente final, podendo ser mais complexa ou mais simples em função das diversas variáveis envolvidas.

Apesar de haver inúmeras metodologias e equipamentos para o tratamento dos efluentes, uma ETE poderá ser composta por basicamente 4 etapas do tratamento:

• Tratamento preliminar: Consistem em equipamentos cujo princípio de funcionamento é estritamente físico e tem por objetivos a remoção dos sólidos grosseiros;
• Tratamento primário: Tratam-se de equipamentos os quais a metodologia de tratamento pode envolver princípios físicos e químicos, tendo como objetivo a remoção da fração sedimentável e flutuante;
• Tratamento secundário: Sistemas biológicos cujo objetivo é remover a fração orgânica biodegradável;
• Tratamento terciário: Nesta etapa busca-se dar o polimento ao efluente por meio da remoção de poluentes específicos não removidos nas etapas anteriores.

A operação e gestão de uma ETE irá depender do grau de complexidade do sistema adotado, sendo que para efluente complexos ou grandes indústrias costuma-se trabalhar com ETE’s robustas que demandam alto investimento tecnológico e de mão-de-obra. Já para pequenas empresas, com efluentes conhecidos costuma-se operar com estações convencionais e de baixa sofisticação.

Entretanto, por mais simples que seja uma ETE é necessário manter o acompanhamento e controle uma vez que todo sistema demanda de uma manutenção mínima para que se tenha um desempenho adequado.